O jogo final entre Rafael Nadal e o sérvio Novak Djokovic
pelo US Open 2013, como não poderia deixar de ser, foi fantástico. Não por
apresentar intensa disputa, mas pela notória superioridade de Nadal diante de
seu oponente. Há de se destacar que em alguns momentos a bolinha teimava em não
cair, como no terceiro set quando foram 54 trocas. Um espetáculo, um show de slices, dentre outros recursos.
Nole esteve bem no segundo set, quando pareceu reagir à
fúria de Nadal, mas foi uma reação passageira, logo o espanhol retomou as
rédeas e de quebra em quebra seguiu até o final. A torcida se dividiu, mas
aplausos não faltavam para os lances protagonizados por estes dois fenômenos.
Final, Nadal 3 sets a 1 e sem tie break
em nenhum set.
Me chamou muito a atenção, o revés de Nadal, seu backhand funcionou como nunca, fez
grande diferença. Em alguns momentos do jogo, Djokovic batia em sequência na
direita do espanhol, e ele de forma incansável trocava as bolas, até que Nole
tentasse algo diferente. A direita funcionou! Em muitas destas vezes o sérvio
cometeu o erro não forçado, aliás foram muitos, em grande quantidade, acima de
70, fora do normal. A explicação é simples, seria a única forma de dominar o
jogo e impedir o ritmo de Nadal. Bater no forehand
do touro miúra não é um bom negócio.
Nadal evoluiu muito, mesmo com poucos aces no jogo, subiu
à rede algumas vezes, aplicou alguns voleios, enfim teve um repertório maior de
jogadas. Acho que sua recente contusão o obrigou a este nível de
aperfeiçoamento.
O espanhol chega ao final do ano voando baixo, e tem tudo
para fechar com chave de ouro sua campanha no ATP Finals. Seus adversários
passam a respeitá-lo ainda mais e a diferença de nível torna-se ainda maior. Na
atualidade vejo somente o próprio Djokovic e Murray aptos a enfrentá-lo.
Parabéns à organização do US Open, como sempre impecável, nos resta aguardar
2014 já com saudades deste maravilhoso torneio.
Esporte
é vida! Voltamos com mais tênis semana que vem.
Gustavo
Alves dos Santos - nosesportes@gmail.com
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