Thomaz Bellucci comemorou seu aniversário neste dia 30 de dezembro e tem motivos para festejar. Com 26 anos, o paulista de Tietê está retomando seu melhor jogo, e consequentemente com os torneios, seu melhor ritmo. Todos sabem que 2013 foi um ano para Bellucci esquecer. Ele perdeu posições, partidas abandonadas, insucessos em sequência. Isso abala a cabeça do jogador, e no tênis o fator psicológico é ao menos 50%. Talvez para Bellucci seja um pouco mais, e ele precisa lidar melhor com isso.
Acompanhei seus treinamentos no início de dezembro no Rio de Janeiro, e mesmo com a contusão sofrida, ficou nítido para mim que a mudança de técnico e o ritmo forte de treinamentos trouxeram ganhos importantes a ele.
Pelo que apurei nos bastidores, ele vai disputar sim o qualifying do Austrália Open, primeiro Grand Slam de 2014. Isso não o denigre, é necessário. Meu receio era de que ele não disputasse. Viña del Mar e Buenos Aires, ambos ATP 250, estão na agenda também. Um sucesso em qualquer desses dois torneios, rende frutos e preciosos pontos. O ATP 500 Brasil, ou Rio Open em Fevereiro está também nos planos de Bellucci, e nesta competição muitos tenistas de alto nível estarão presentes, dentre eles Nadal.
Um dos grandes responsáveis pela recuperação de Bellucci é o seu atual técnico, Francisco Clavet. O espanhol mudou ritmo e forma de treinamento. Pelo que vi no torneio em que Bellucci venceu em Montevidéu, seu saque melhorou e notei alguma cadência em seu jogo, estilo “aguardando o momento certo” do winner.
Que 2014 venha com conquistas e títulos para Bellucci, Clezar, Rogério Dutra, João Souza, Teliana, Thiago Alves e tantos outros tenistas que despontam no Brasil, ainda que poucos, mas com talento e muita, mas muita força de vontade, porque jogar tênis no Brasil é algo para aqueles que perseveram de verdade.
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